cronologia dos autores

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segunda-feira, 30 de abril de 2018

3 versos de Rui Knopfli

«Fluida, indecisa, volátil, / inconcreta, a ideia não se submete facilmente / ao cerco insidioso / da palavra.» 
«Ideia do poema»O Corpo de Athena (1984)

segunda-feira, 23 de abril de 2018

1 verso de José Régio


«É a vida a dar socos na porta.»
José Régio, «Meu menino, ino, ino», As Encruzilhadas de Deus (1936)

Raul Brandão, HÚMUS (1917)


«Uma vila encardida -- ruas desertas -- pátios de lajes soerguidas pelo único esforço da erva -- o castelo -- restos intactos de muralha que não têm serventia: uma escada encravada nos alvéolos das paredes não conduz a nenhures.» 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

3 versos de Alberto de Lacerda

«Sol Branco / Imperador fraterno / Do azul muito ténue» 
Alberto de Lacerda, Átrio (1997)

Raul Brandão, A FARSA (1903)


«Uma nuvem desce da serra: arrastam-se os rolos pelas encostas pedregosas e depois as baforadas espessas abafam de todo a vila.»


sexta-feira, 13 de abril de 2018

Júlio Dinis, A MORGADINHA DOS CANAVIAIS (1868)



«Era nos extremos do Minho e onde esta risonha e feracíssima província começa já a ressentir-se, senão ainda nos vales e planuras, nos visos dos outeiros pelo menos, da vizinhança de sua irmã, a alpestre e severa Trás-os-Montes.» 

quinta-feira, 12 de abril de 2018

sábado, 7 de abril de 2018

José Régio, JOGO DA CABRA-CEGA (1934)



«Noites havia, sim, em que simplesmente apreciava a noite: O aspecto de mascaradas, ou desmascaradas, que certas casas têm a certas horas; o silêncio das ruas e a sonoridade das pedras; os vultos que se esgueiram, ou esperam à esquina, ou se cosem às paredes, ou nos roçam o ombro, ou nos pedem lume, ou falam alto; e depois esboços de paisagens, ou transfigurações inesperadas de coisas que à luz do dia são banais.»


quinta-feira, 5 de abril de 2018

Ferreira de Castro, A LÃ E A NEVE (1947)




«Rabo entre as pernas, focinho quase raspando a terra, ia triste, cismático, como perro vadio de estrada, descoroçoado da vida.»