cronologia dos autores

.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Raul Brandão, A FARSA (1903)


«E noite, cerração compacta, névoa e granito formam um todo homogéneo para construírem um imenso e esfarrapado burgo de pedra e sonho.»  

sexta-feira, 22 de junho de 2018

9 versos de José de Almada Negreiros


«Rompem fogo / pandeiretas / morenitas, / bailam tetas / e bonitas, / bailam chitas / e jaquetas, / são as fitas / desafogo / de luar.» «Rondel do Alentejo», Poemas (póst., 2001)

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Camilo Castelo Branco, EUSÉBIO MACÁRIO (1879)


«Ela tinha a mão esquerda escorrida no regaço, com os dedos engelhados e aduncos como um pé de perua morta; o braço direito estava no ar, hirto como um ramalho de flores que parecia uma vassoura de hidrângeas.» 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Jorge Amado, CACAU (1933)




«Papai, quando vinha da fábrica. me fazia sentar sobre os seus joelhos e me ensinava o abc com a sua bela voz.»  Cacau (1933)

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Ferreira de Castro, A EXPERIÊNCIA (1954)




«Mas não era necessário ler o papel que o polícia trazia no bolso: Januário de Sousa, filho de Ana Maria e de pai incógnito, etc.; bastava deitar o rabo do olho à sua pele morena, lisa e macia, que nem a água passada a ferro na popa dos barcos, para se ver que ele não tinha mais de vinte anos, apesar de os seus olhos parecerem exaustos por não se sabia quantas madrugadas do princípio do mundo.»

sexta-feira, 15 de junho de 2018

2 versos de Sophia de Mello Breyner Andresen

«Têm as mão brancas de sal / E os ombro vermelhos de sol.»  «Os navegadores» Mar Novo (1958) / Caminhos da Moderna Poesia Portuguesa (ed. Ana Hatherly, 1960)

quinta-feira, 14 de junho de 2018

3 versos de Manuel Bandeira


«A filha do usineiro de Campos / Olha com repugnância / Para a crioula imoral.» «Não sei dançar» Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira (1984)

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Ferreira de Castro, EMIGRANTES /1928)




«Estendido onde a sombra lhe parecera mais agradável, Manuel da Bouça seguia o trabalho da ave e recordava o tempo da infância, já distante, em que vasculhava veigas e montes à busca de ninhos, só pelo prazer de os descobrir e disso se vangloriar ante o rapazio do lugarejo.» 

sexta-feira, 8 de junho de 2018

quarta-feira, 6 de junho de 2018

6 versos de Rui Knopfli

«Depois, / com valados, elevações e planuras, e mais rios // entrecortando a savana, e árvores e caminhos, / aldeias, vilas e cidades com homens dentro, / a paisagem estendia-se a perder de vista / até ao capricho de uma linha imaginária.»  «Pátria», O Escriba Acocorado (1978)

segunda-feira, 4 de junho de 2018

3 versos de Florbela Espanca


«Cheira a ervas amargas, cheira a sândalo... / E o meu corpo ondulante de sereia / Dorme em teus braços másculos de vândalo... » Juvenília (1931, póst.)