Este permanente jogo com o leitor sempre me fascinou no grande Camilo; artifício que depois se vai encontrar no não menor Machado de Assis, como escreve Paulo Franchetti, num excelente artigo lido aqui.
Um desavergonhado, no melhor sentido, o nosso autor (29 anos, em 1854), anunciando o seu romance com vozearia de feiras & mercados: «Leitores! Se há verdade sobre a Terra, é o romance que eu tenho a honra de oferecer às vossas horas de desenfado.»...
Camilo Castelo Branco, A Filha do Arcediago (1854), Mem Martins, Publicações Europa-América, 1977, p.5.
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