«Maria Campaniça, quando era solteira, pensava todos os dias fugir da aldeia. Era nova e tinha o rosto corado e um lenço de barra amarela. Subia a quebrada, sentava-se no cabeço mais alto à sombra de um chaparro e punha-se a pensar para que lado partiria. Mas o descampado, correndo sem fim por vales e outeiros, bravio, agressivo de cardos e de tojos, metia-lhe medo. Maria Campaniça juntava os porcos e voltava à aldeia, há hora do entardecer.»
«Campaniça», Aldeia Nova (1942)
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